Evento aconteceu no Riocentro, situado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado do mesmo nome. Presença de grande número de estudantes do ensino fundamental e do ensino médio. Realização homenageou o autor e cartunista brasileiro Maurício de Souza.

A Bienal Internacional do Livro não é um evento de livreiros, de editores. E sim uma muito bem organizada, bonita, enorme e até luxuosa feira de livros
Matei uma curiosidade de muitos anos: conheci a Bienal Internacional do Livro. A edição 2015 aconteceu de 3 a 13 de setembro, no Riocentro, o amplo e moderno centro de exposições da cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado de mesmo nome. Estive lá apenas dois dias, na abertura, quinta-feira, e na sexta-feira, 4. Mas foi suficiente para ter uma ideia do grandioso evento. Se tudo correr bem, repetirei essa excelente experiência.

Os estandes nada mais são do que filiais das empresas, e estas vão desde as grandes redes de megastores, marcas conhecidas do mercado, até as desconhecidas do público
Não viajei de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, até lá para retornar carregado de pacotes cheio de volumes comprados com desconto. Afinal, acabei com a minha biblioteca física, pessoal. Vendi o acervo passível de comercialização para um sebo e doei o restante para a Universidade Federal e uma faculdade particular. Fiquei com meia dúzia de obras de referência e títulos não lidos que, em breve, terão destino semelhante.

A etapa de comprar ingresso foi vencida com muita facilidade — afinal, não eram dias de visitação intensa, e a maioria ali presente já tinha acertado isso com antecedência —, a circulação por todos os corredores existentes nos pavilhões Laranja, Verde e Azul era feito com bastante conforto
Fui para lá com objetivos profissionais, para resolver negócios, posso dizer: conversar com editoras sobre um trabalho que pretendo colocar à venda; desbloquear minha conta pessoal no Kindle Direct Publisher, o KDP, sistema de publicações pessoais oferecido pela gigante de comércio eletrônico Amazon; e, manter contato com soluções de print on demand, estruturas que imprimem exemplares conforme eles vão sendo vendidos.

Esta edição 2015 da Bienal Internacional do Livro homenageou o cartunista e escritor Mauricio de Sousa, comemorando 80 anos
A primeira não foi possível de ser tratada porque a Bienal Internacional do Livro não é um evento de livreiros, de editores. E sim uma muito bem organizada, bonita, enorme e até luxuosa feira de livros. Os estandes nada mais são do que filiais das empresas, e estas vão desde as grandes redes de megastores, marcas conhecidas do mercado, até as desconhecidas do público. E também muitas Pessoas Físicas, os editores independentes.

O país homenageado pela Bienal Internacional do Livro 2015 foi a Argentina, nação bastante respeitada no mundo todo tanto em termos de escritores quanto da riqueza e qualidade de suas obras
O atendimento da Amazon foi o melhor possível. Apesar do espaço deles ser voltado apenas à comercialização do leitor digital Kindle, o executivo de produto lá presente — David Tresmond — se desdobrou em me ajudar. Marcou com a executiva do setor e esta agendou um contato por telefone assim que retornasse a São Paulo. O problema foi solucionado a partir de um call center situado na Costa Rica, país da América Central.

Foi emocionante ver aquele verdadeiro mar de crianças, adolescentes e adultos envolvidos naquela atmosfera de construção do conhecimento
Como só encontrei um expositor dedicado ao print on demand — a PerSe, conhecida minha por pesquisas na Internet —, aluguei seu pessoal por mais de duas horas, mas acertei as pendências e estou utilizando a plataforma oferecida por eles. Já coloquei dois trabalhos para comercialização e tenho diversos outros programados. Assim que ficarem prontos, serão acrescentados e, se tudo correr bem, minha rua terá diversos best sellers.

Em paralelo ao intenso comércio de livros e todos os outros tipos de publicação, aconteciam apresentações, demonstração, encontros, palestras, seminários e muitas outras atividades
Deixando de lado estas particularidades pessoais, minhas impressões quanto à Bienal Internacional do Livro são as melhores possíveis. Apesar de ter acompanhado pouco, o que vi foi muito agradável. Ao chegar, notar o imenso estacionamento ocupado por centenas de ônibus, fretados por escolas tanto da cidade do Rio de Janeiro quanto dos Municípios vizinhos, além daqueles mais distantes e muitos dos Estados limítrofes.

Cena bastante comum durante a edição 2015 da Bienal Internacional do Livro: grupos de jovens descansando pelas áreas verdes ao redor dos pavilhões de exposições do Riocentro
Foi muito bonito ver os extensos corredores de acesso, organizados segundo categorias, tomados por grupos de estudantes de todas as idades. Aqueles do ensino fundamental, identificados por enormes crachás presos aos uniformes e liderados por duas, três ou mais “tias”. Os do ensino médio, como não poderia ser diferente, em grupos animados, usando e abusando dos recursos dos smartphones para atualizar perfis em redes sociais.

Como não pode ser mais diferentes, não adiantava só estar presente na edição 2015 da Bienal Internacional do Livro: era preciso mostrar isso através das redes sociais
A etapa de comprar ingresso foi vencida com muita facilidade — afinal, não eram dias de visitação intensa, e a maioria ali presente já tinha acertado isso com antecedência —, a circulação por todos os corredores existentes nos pavilhões laranja, verde e azul era feito com bastante conforto. E foi emocionante ver aquele verdadeiro mar de crianças, adolescentes e adultos envolvidos naquela atmosfera de construção do conhecimento.

Havia de tudo um tudo: apresentação de metodologias, aulas práticas, bate-papos com autores, comemorações especiais, contação de histórias, debates com especialistas, exibição de vídeos, fóruns literários, fotos com personagens, lançamentos de livros, momentos de homenagens, oficinas com editores, palestras especializadas, rodas de conversas, saraus de poesias, sessões de autógrafos, trocas de experiências…
Em paralelo, aconteciam apresentações, demonstração, encontros, palestras, seminários e muitas outras atividades. Apresentadas tanto no site da Bienal Internacional do Livro quanto em páginas e mais páginas impressas de um tabloide distribuído gratuitamente, aconteciam em espaços especialmente preparados para atender um público ávido por contatos privilegiados, experiências únicas, informações especiais e sei mais lá o quê.

Gravar apresentações, encontros, entrevistas, palestras e outras atividades era uma forma de levar para casa a memória daquele momento tão importante
Havia de tudo um tudo: apresentação de metodologias, aulas práticas, bate-papos com autores, comemorações especiais, contação de histórias, debates com especialistas, exibição de vídeos, fóruns literários, fotos com personagens, lançamentos de livros, momentos de homenagens, oficinas com editores, palestras especializadas, rodas de conversas, saraus de poesias, sessões de autógrafos, trocas de experiências…

Uma atividade das que mais agradavam as crianças era tirar fotos com os personagens que elas conheciam das histórias lidas pelos pais ou por elas mesmas
Acompanhando o desenrolar da realização pela imprensa, só notícias boas: recordes em cima de recordes de visitação e, principalmente, vendas, num momento em que o País está mergulhado numa crise econômica sem precedentes. Fase na qual, todos sabemos, todas as famílias cortam gastos com o que consideram supérfluos, nos quais, na maioria das vezes, estão incluídos investimentos em cultura e compra de livros em particular.

Um dos setores mais interessantes desta edição 2015 da Bienal Internacional do Livro era a Praça Espaço Criativo, com papel e lápis à vontade para qualquer um expressar sua criatividade
Nesta sua edição de 2015, a Bienal Internacional do Livro, maior evento literário do Brasil, fez duas homenagens especiais. A primeira ao cartunista e escritor Mauricio de Sousa, comemorando 80 anos. A outra, à Argentina, país com largo respeito mundial tanto em termos de nomes quanto de criação. E teve a presença de mais de uma centena de renomados autores brasileiros e quase 30 estrangeiros durantes os 11 dias de duração.

Se aquela imagem do menino sírio morto na praia da Turquia deu a impressão de que nossa humanidade não tem mesmo jeito, esta desta criança lendo atentamente, mesmo com o burburinho à sua volta, prova exatamente o contrário
• • •
Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro
Ficha Técnica
Promoção
• Sindicato Nacional dos Editores de Livros — SNEL
Realização
Patrocinadores Master
• Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social — BNDES
• Petrobras
Patrocinadores Específicos
• Bic — Praça Espaço Criativo
• Biscoitos Piraquê — Conexão Jovem, Encontro com Autores e Ponto de Encontro
• Correios — Operação logística
• Light — Visitação Escolar
• Supergasbras — Praça de Leitura
Apoio
• Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro
Parceiros de Mídia
Patrocinador e-Commerce
As fotos ilustrando este post foram tiradas do Instagram da edição 2015 da Bienal Internacional do Livro.